Tuesday, March 13, 2007

Pois também lá, entre as chaminés, nos intervalos do sofrimento, algo se assemelhava à felicidade. Toda a gente me pergunta só pelas vicisstiudes, pelos "horrores": todavia, no que me diz respeito, é talvez essa a experiência mais memorável. Sim, é disso, da felicidade dos campos de concentração, que eu lhes falarei na próxima vez, quando me perguntarem.
Se é que perguntam. E se eu próprio não me esqueci.

in
Sem Destino, Imre Kertész

Acabei ontem este livro. E por quanto mais leia/veja sobre o Holocausto, sinto sempre arrepios e lágrimas no canto do olho de cada vez que alguém conta a sua história... E a história de Imre Kertész é contada de uma perspectiva nova - a do fascínio, sem recorrer a um tom moralizante.

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